quarta-feira, 4 de maio de 2016

Soldados de Hitler lutavam sob efeito de metanfetamina, revela livro

Um livro recém-lançado na Alemanha, do escritor Norman Ohler, revela que os soldados de Hitler estavam sob efeito de drogas quando invadiam países como França e Polônia. De acordo com o livro “In der totale rausch” (algo como “totalmente adrenalizados”, em tradução livre), durante essas invasões as tropas nazistas consumiam uma versão antiga de metanfetamina. 

A droga, que na época foi divulgada para os soldados como uma pílula desenvolvida para combater o estresse, mantinha os combatentes acordados, sentindo-se eufóricos e invencíveis. “No começo, o exército não sabia que o Pervitin [como ela foi batizada] era uma droga. Soldados pensaram que era como beber café”, explicou o escritor, que passou meses pesquisando arquivos militares americanos e alemães. 

O livro revela, porém, que os líderes nazistas sabiam muito bem dos efeitos da droga e como isso podia ser aproveitado nas zonas de combate. Após testarem o uso dela em 1939, na invasão da Polônia, as forças alemãs encomendaram incríveis 35 milhões de cartelas da droga antes de avançar em direção à França, em 1940. 

A campanha francesa se mostrou fulminante, conquistando uma grande parte do território invadido em apenas quatro dias. O livro deixa claro que o Pervitin teve um papel fundamental nessa fase da Segunda Guerra, mantendo os soldados empolgados, sempre dispostos a lutar. 

Agora, historiadores dizem que as revelações podem alterar os livros sobre a guerra. "Saber que a blitzkrieg foi uma guerra movida por drogas desbanca a teoria de que o exército alemão estava limpo", diz o historiador germânico Hans Mommsen.

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